Torcer pelo Bangu, por Bangu, em Bangu, com banguenses: não tem preço!
Às vezes me trupico com as preposições ao relacioná-las ao substantivo Bangu. Senão ( ou seria “se não”?) vejamos...
Quando eu torço pelo Bangu, eu torço por uma entidade que me inclui, mesmo que de maneira marginal, em uma tradição, coisa fora de moda, mas para um filho de operários... única aceitável! Além disso, faço parte desta família afetiva que é encontrar um vizinho, um camarada e saber de nossa cumplicidade: somos Bangu!
Quem sempre usa deste termo, família, para nos cumprimentar a todos é Camilo, um grande apaixonado pela Moça Bonita e um dos “parentes” que mais me exemplifica o que é torcer pelo Bangu.
Já ao dizer que estou torcendo por Bangu, digo que minha vontade de ver o nome deste bairro tão abandonado receber o devido respeito é enorme e, se possível, moveria forças físicas e metafísicas para que isto acontecesse. E penso que o crescimento do é o crescimento de, Bangu.
Torcer em Bangu, sob um sol escaldante, rezando pra uma pipa cair no campo quando isto for ajudar meu time, contemplar o Maciço da Pedra Branca e surpreender-me toda vez com sua imponência, poder tomar uma cerveja enquanto assisto às crianças que brincam na Guilherme, voltar pra minha casa sem engarrafamentos. Ah! Torcer em Bangu é bom demais!
Torcer com banguenses, meu Deus do Céu! Somos a torcida mais personalizada do Rio! Sei quem é o camarada que está sentado ao meu lado e ele sabe quem sou eu! Temos, os dois, a solução para todos os problemas do Bangu! Xingamos aos mesmos que exaltaremos abraçados no minuto seguinte e vice-versa! Enfim; compartilhamos, como dois dependentes, do mesmo vício!
O certo mesmo é que adoro torcer pelo, por, em e com Bangu!
Pra quem já não tem mais o que perder, resta apurar o que sobrou do resto...
Podem me chamar de louco, de cego, mas vi no bagaço geral pontos positivos (sempre os vejo): Nós fizemos três gols para que um valesse; perderam-se mais algumas, poucas, chances,inclusive bola na trave; não vi aquele Eudes preguiçoso de outros jogos ao contrário, dentro de seus limites, saiu-se razoavelmente; Galhardinho entrou e provou que tem vaga no time brincando; Canibal está mostrando qualidades mesmo sem Renan ao seu lado; Sérgio Júnior dando todo seu suor em campo; não achei que o time tenha se encolhido, não; mas o juiz não acabava o jogo nunca e bateu, sim, um certo pânico na equipe nos últimos minutos (qualquer um ficaria, pô, parece praga!). Agora, meus amigos, há alguns jogadores (estrelas uns e descomprometidos outros) dos quais muitos de nós, banguenses, sentimos vergonha de vê-los vestindo esta camisa centenária!
Boa sorte para o senhor, Alfredo Sampaio, pois, com esses ovos, é impossível abrir mão da sorte na hora de fazer omeletes!
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