"Aqui relembraremos personalidades históricas do Bangu Atlético Clube"
Em 1949 o clube ganha seu hino, composto por Lamartine Babo, cuja frase mais famosa é: A torcida reunida até parece a do Fla-Flu.
Em 1967 foi novamente vice quando o Botafogo levou o campeonato. Após 12 anos sem uma posição de destaque, em 1979 o Bangu foi campeão do Segundo Turno do Campeonato Carioca, naquela época chamado de Taça Orlando Leal Guerreiro.
Em 1981 após muitas pessoas dizerem que faltava ao clube um peso na camisa o Bangu ganhou um mascote: o castor, que é estampado até hoje do lado esquerdo da camiseta alvirrubra.
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A primeira história do Bangu Atlético Clube aconteceu antes mesmo da chegada do futebol no Brasil. É que de acordo com os moradores e historiadores de Bangu, o futebol era jogado lá antes de qualquer outro lugar no Brasil, para defender a tese se diz que por ser subúrbio do Rio de Janeiro, ninguém via o que lá acontecia. Em 1905 tem outra história, essa comprovada através de documentos, quando o clube foi o pioneiro em ter um negro no elenco, Francisco Carregal.
Em 1911 o Bangu se sagraria Campeão Carioca da Segunda Divisão com quatro negros no elenco. Em 1914 o Bangu era novamente campeão da segunda carioca, e já em 1916 clube era Vice-Campeão do Estado, o título ficou para o rival América.
Em 1929 veio o apelido do time. Um torcedor do Flamengo na arquibancada disse que no Bangu só havia crioulos e o presidente do Bangu na época respondeu dizendo que só o que o time tinha eram mulatinhos rosados.
Em 1930 o clube fez novamente uma ótima campanha e terminou novamente na vice-liderança do estadual, dessa vez o campeão foi o Vasco.
Em 1933 o Bangu conquistava o primeiro Campeonato Carioca de Profissionais, com um time que continha em seu elenco o principal artilheiro da história do clube: Laudislau Da Guia.
Em 1911 o Bangu se sagraria Campeão Carioca da Segunda Divisão com quatro negros no elenco. Em 1914 o Bangu era novamente campeão da segunda carioca, e já em 1916 clube era Vice-Campeão do Estado, o título ficou para o rival América.
Em 1929 veio o apelido do time. Um torcedor do Flamengo na arquibancada disse que no Bangu só havia crioulos e o presidente do Bangu na época respondeu dizendo que só o que o time tinha eram mulatinhos rosados.
Em 1930 o clube fez novamente uma ótima campanha e terminou novamente na vice-liderança do estadual, dessa vez o campeão foi o Vasco.
Em 1933 o Bangu conquistava o primeiro Campeonato Carioca de Profissionais, com um time que continha em seu elenco o principal artilheiro da história do clube: Laudislau Da Guia.
1º Campeão de Futebol Profissional - Rio - 1933 ![]() |
(Da esquerda para direita) Em pé: Luiz Vinhais(técnico), Sobral, Paulista, Ladislau, Tião, Plácido, Gentil, Dininho, Orlandinho e Tenente Barbosa(preparador físico); Agachados: Paiva, Santana e Médio; Sentados: Mário Euro, Euclides, Newton, Sá Pinto e Camarão; Reservas: Buza e Vivi
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Em 1949 o clube ganha seu hino, composto por Lamartine Babo, cuja frase mais famosa é: A torcida reunida até parece a do Fla-Flu.
Porém, só em 1951 o clube voltaria a se destacar, foi vice-campeão perdendo o título para o Fluminense. Foi novamente vice em 1959, 1964, quando o título foi para o Flamengo, 1965, quando o Fluminense conquistou o campeonato.
33 anos após seu primeiro título, o Bangu se consagraria novamente Campeão Carioca, quem se destacava no elenco era o goleiro Ubirajara.
33 anos após seu primeiro título, o Bangu se consagraria novamente Campeão Carioca, quem se destacava no elenco era o goleiro Ubirajara.
Campeão Carioca de 1966
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(Da esquerda para direita) Em pé: Mário Tito, Ubirajara, Luiz Alberto, Ari Clemente, Fidélis e Jaime; Agachados: Paulo Borges, Cabralzinho, Ladeira, Ocimar e Aladim
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Em 1967 foi novamente vice quando o Botafogo levou o campeonato. Após 12 anos sem uma posição de destaque, em 1979 o Bangu foi campeão do Segundo Turno do Campeonato Carioca, naquela época chamado de Taça Orlando Leal Guerreiro.
Em 1981 após muitas pessoas dizerem que faltava ao clube um peso na camisa o Bangu ganhou um mascote: o castor, que é estampado até hoje do lado esquerdo da camiseta alvirrubra.
A grande chance do Bangu porém foi em 1985. Após realizar um excelente Campeonato Brasileiro, sendo considerado pelos especialistas a equipe que jogava mais bonito naquele campeonato, o clube chegou a final contra o Coritiba. A final naquele ano era disputada em partida única no Maracanã, vantagem do Bangu que possuía uma torcida de 105 mil pessoas a favor. Após empate em 1x1 em tempo normal, gol de Índio para o Coritiba e Luminha faz o gol para o Bangu. Na prorrogação 0x0. Na primeira sessão de pênaltis: Gilson, Pingo, Baby, Mário, Marinho fizeram para o Bangu e Índio, Marco Aurélio, Édson, Leila e Vavá converteram a favor do Coritiba. No 11º pênalti, porém, Ado errou a cobrança. Logo após, Gomes do Coritiba só precisou converter seu pênalti e o Coritiba se sagrava campeão brasileiro de 1985.
No mesmo ano, o Bangu ainda teve a chance de conquistar um outro título. Mas novamente o clube de Moça Bonita foi vice-campeão. Perdeu uma final pela qual jogava por um empate contra o Fluminense que fez 2x1, é bom lembrar que o árbitro José Roberto Wright não deu um pênalti claro em cima de Cláudio Adão.
Em 1987 o time conquistou de forma invicta a Taça-Rio, que é o Segundo Turno do Campeonato Carioca, ao vencer o Botafogo por 3x1 no jogo final. O clube ainda aprontava para os grandes quando foi vice-campeão da Taça Guanabara em 1992, perdendo para o Vasco. Em 1993, foi a última vez que o Bangu chegou a ter um pouco de brilho ao conquistar o vice-campeonato do Rio São Paulo “B”, torneio que era disputado pelos pequenos times mas que se destacavam em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em 2004 o Bangu completaria o seu centenário e o ano para o clube não poderia ser pior. Após péssima campanha, o clube não conseguiu mais do que 5 pontos em 11 jogos e acabou sendo rebaixado à Segundona Carioca. Nesse ano o Bangu bem que tentou, mas não conseguiu dar a volta por cima. Foi vice-campeão da Segunda Divisão Carioca, porém apenas o campeonato garante vaga na divisão principal do Campeonato Carioca. E quem levou a melhor foi o Nova Iguaçu, do tetracampeão Zinho, que fez 12 pontos contra 11 do Bangu nos 6 jogos da fase final (vale lembrar que os dois clubes começaram com 1 ponto por serem os melhores classificados do seus grupos na primeira fase).
Essa é basicamente a trajetória do Bangu, mas não existe um grande clube sem grandes jogadores, então vamos conhecer alguns dos jogadores que fizeram história no Bangu ou que passaram pelo clube de Moça Bonita.
Em 1912 começa a história da família da Guia no Bangu. O primeiro foi Luiz da Guia que estreava na derrota de 7x4 contra o Flamengo, o que se comenta sobre esse jogo é que o goleiro do Bangu na época vendeu 4 gols para o Flamengo. Mesmo sem ter a mesma projeção de Domingos da Guia, quem o viu jogar diz que a categoria não ficava devendo em nada para o irmão mais novo. “O Perfeito” como era chamado pela imprensa, foi convidado a jogar no rival América ele disse: "Talvez seja fácil vestir a camisa do América. Difícil vai ser enfrentar o Bangu”. Luiz da Guia jogou 19 anos no Bangu, um recorde no futebol brasileiro, e conquistou 2 títulos da segunda divisão carioca.
Laudislau da Guia foi o segundo da família a jogar no Bangu. Estreou em 1926 e jogou no clube até 1940. Maior artilheiro do clube com 215 gols, 181 em jogos oficiais, era conhecido como “Tijolo quente” por causa de seus chutes potentes. Foi artilheiro do Campeonato Carioca de 1930, quando marcou 20 gols e empatou com Preguinho do Fluminense, e em 1935 quando fez 18 gols.
Domingos da Guia, maior jogador da história do Bangu, estreou no clube em 1929. O zagueiro que atuou na Copa de 1938 na França sempre é lembrado nas seleções de todos os tempos. Após passagens por Vasco, Nacional (URU) e Boca Juniors o zagueiro chegou ao Flamengo em 1937, onde foi campeão carioca de 1939, 1942 e 1943. Em 1944 se transferiu para o Corinthians. Domingos encerrou sua carreira no Bangu, no jogo Flamengo 4x2 Bangu, em 12 de dezembro de 1948.
Zizinho, considerado por muitos o melhor jogador brasileiro depois de Pelé, foi outro grande nome que passou pelo Bangu. Após conquistar os títulos cariocas de 1943, 1944 e 1949 chegou ao Bangu em 1950, logo após a Copa do Mundo onde foi vice-campeão, e marcou 115 gols, 78 em jogos oficiais, até deixar o clube em 1957 quando se transferiu para o São Paulo e conquistou o título paulista daquele ano. Encerrou a carreira em 1961, no Audax Italiano, do Chile.
Zózimo, zagueiro campeão mundial de 1962, foi outro grande nome do Bangu. Fez 39 partidas pela seleção brasileira, todas como jogador do Bangu. Disputou também a Olimpíada de Helsinque, em 1952.
Ademir da Guia foi outro grande nome da família da Guia e do Bangu. Começou a ganhar destaque quando foi campeão carioca juvenil de 1959. Em 1960 e 1961 se destacou no time profissional do Bangu. Filho de Domingos da Guia, Ademir se transferiu para o Palmeiras em 1961 e ganhou os títulos paulistas de 1963, 1966, 1972, 1974 e 1976, o Rio-São Paulo de 1965, a Taça Brasil de 1967, a Taça de Prata em 1967 e 1969 e o bicampeonato brasileiro em 1972 e 1973. Considerado um dos maiores apoiadores da história do nosso futebol, disputou 12 partidas pela seleção brasileira, uma delas na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha.
Ubirajara foi o grande goleiro da história do Bangu. Jogou por 10 anos no time, de 1958 a 1968, e foi campeão carioca de 1966 pelo clube. Em 1969 foi para o Botafogo onde ficou até 1971, depois foi para o Flamengo em 1972 onde encerrou a carreira um ano depois. Pela seleção atuou apenas uma vez: vitória de 3x1 do Brasil sobre o Peru em amistoso prepatório para a Copa de 1966.
Fidelis jogou no Bangu de 1962 até 1967. O lateral-direito disputou 8 partidas pela seleção Brasileira, todas em 1966, ano em que também disputou a Copa do Mundo da Inglaterra. Após o Bangu se transferiu para o Vasco onde jogou de 1968 a 1975. Depois do Vasco jogou pelo ABC de Natal de 1976 a 1978, no Operário-MT de 1979 a 1980 e no São José, onde encerrou a carreira, em 1981.
Outro grande jogador do título de 1966, Paulo Borges jogou no Bangu de 1961 à 1968. No título de 1966 comandou o ataque e foi artilheiro do campeonato com 16 gols, e em 1967 fez a artilharia com 13. Entre 1966 e 1969 jogou 20 jogos e fez 4 gols pela seleção. Após sair do Bangu foi defender o Corinthians naquela que seria a maior transição do futebol brasileiro até então. Teve uma passagem de seis meses pelo Palmeiras em 1971, porém retornou ao Corinthians onde ficou até 1974. Em 1975 encerrou a carreira após jogar 3 meses no Pontagrossense do Paraná e mais 3 meses no Vasco do Sergipe.
Aladim foi o outro lateral no titulo de 1966. Estreou no Bangu com 18 anos em 1964 e foi titular absoluto até 1970 quando transferiu-se para o Corinthians. Em 1972 foi para o Coritiba onde conquistou por cinco vezes o campeonato paranaense. Em 1981 foi para o Colorado, extinto clube do Paraná, onde encerrou sua carreira em 1948.
Arturzinho jogou por dezenas de clubes no Brasil. Porém foi no Bangu que teve destaque. Chegou em 1982, mas em 1984 saiu para jogar no Vasco, e no mesmo ano no Corinthians. Voltou em 1985 quando foi o vice-campeão brasileiro e o vice carioca e conquistou a Taça Rio em 1987. Em 1991 voltou para o Bangu mas não obteve o mesmo sucesso da outra passagem.
Cláudio Adão foi outro grande nome que passou pelo Bangu. Após atuar em vários clubes chegou no Bangu em 1984 e defendeu o clube até 1985. Foi outro jogador que foi vice-campeão brasileiro e vice-campeão carioca. Após sair do Bangu atuou em dezenas de clubes.
Marinho teve 3 passagens pelo Bangu. A primeira foi de 1982 até o comecinho 1988. Nesses anos o jogador conquistou o vice-campeonato brasileiro, o vice-campeonato carioca de 1985, e a Taça Rio de 1987. Em 1986 foi eleito o melhor jogador do país, foi também o ano em que defendeu por duas vezes a Seleção Brasileira principal, marcou um gol. Em 1976, também pela Seleção, esteve na Olimpíada de Montreal. Em 1991 após passagem pelo Botafogo voltou ao Bangu em 1991. Depois rodou por várias equipes até voltar ao Bangu em 1996 e encerrar sua carreira aos 39 anos.
Mauro Galvão foi o último grande nome do Bangu. Estava no clube de Moça Bonita na última grande conquista do clube, a Taça Guanabara de 1987. Tetracampeão brasileiro (1976, 1986, 1997, 2000), também fez 26 jogos pela Seleção brasileira, pela qual disputou a Olimpíada de Los Angeles, em 1984 e a Copa do Mundo de 1990.
Extraído de: http://www.tribosjovens.com.br
Fonte das fotos, hino e dados: BANGU.NET
Ruben Neto
Vice-Campeão Brasileiro de 1985
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(Da esquerda para direita) Em pé: Marinho, Jair, Oliveira, Baby, Márcio Nunes e Cléber(Preparador Físico); Agachados: Gilmar, Lulinha, João Cláudio, Mário, Ado e Israel
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Ado põe as mãos na cabeça após perder o pênalti na decisão do Brasileiro de 1985
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Já nos vestiários, Ado é só lágrima
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No mesmo ano, o Bangu ainda teve a chance de conquistar um outro título. Mas novamente o clube de Moça Bonita foi vice-campeão. Perdeu uma final pela qual jogava por um empate contra o Fluminense que fez 2x1, é bom lembrar que o árbitro José Roberto Wright não deu um pênalti claro em cima de Cláudio Adão.
Em 1987 o time conquistou de forma invicta a Taça-Rio, que é o Segundo Turno do Campeonato Carioca, ao vencer o Botafogo por 3x1 no jogo final. O clube ainda aprontava para os grandes quando foi vice-campeão da Taça Guanabara em 1992, perdendo para o Vasco. Em 1993, foi a última vez que o Bangu chegou a ter um pouco de brilho ao conquistar o vice-campeonato do Rio São Paulo “B”, torneio que era disputado pelos pequenos times mas que se destacavam em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Campeão da Taça Rio de 1987
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Em pé: Gilmar, Márcio Rossini, Oliveira, Mauro Galvão, Racinha e Jacimar; Agachados: Marinho, Arturzinho, Tobi, Paulinho Criciúma e Ado
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Em 2004 o Bangu completaria o seu centenário e o ano para o clube não poderia ser pior. Após péssima campanha, o clube não conseguiu mais do que 5 pontos em 11 jogos e acabou sendo rebaixado à Segundona Carioca. Nesse ano o Bangu bem que tentou, mas não conseguiu dar a volta por cima. Foi vice-campeão da Segunda Divisão Carioca, porém apenas o campeonato garante vaga na divisão principal do Campeonato Carioca. E quem levou a melhor foi o Nova Iguaçu, do tetracampeão Zinho, que fez 12 pontos contra 11 do Bangu nos 6 jogos da fase final (vale lembrar que os dois clubes começaram com 1 ponto por serem os melhores classificados do seus grupos na primeira fase).
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Time que disputou a Segunda Divisão Carioca em 2005
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Essa é basicamente a trajetória do Bangu, mas não existe um grande clube sem grandes jogadores, então vamos conhecer alguns dos jogadores que fizeram história no Bangu ou que passaram pelo clube de Moça Bonita.
Em 1912 começa a história da família da Guia no Bangu. O primeiro foi Luiz da Guia que estreava na derrota de 7x4 contra o Flamengo, o que se comenta sobre esse jogo é que o goleiro do Bangu na época vendeu 4 gols para o Flamengo. Mesmo sem ter a mesma projeção de Domingos da Guia, quem o viu jogar diz que a categoria não ficava devendo em nada para o irmão mais novo. “O Perfeito” como era chamado pela imprensa, foi convidado a jogar no rival América ele disse: "Talvez seja fácil vestir a camisa do América. Difícil vai ser enfrentar o Bangu”. Luiz da Guia jogou 19 anos no Bangu, um recorde no futebol brasileiro, e conquistou 2 títulos da segunda divisão carioca.
Laudislau da Guia foi o segundo da família a jogar no Bangu. Estreou em 1926 e jogou no clube até 1940. Maior artilheiro do clube com 215 gols, 181 em jogos oficiais, era conhecido como “Tijolo quente” por causa de seus chutes potentes. Foi artilheiro do Campeonato Carioca de 1930, quando marcou 20 gols e empatou com Preguinho do Fluminense, e em 1935 quando fez 18 gols.
Domingos da Guia, maior jogador da história do Bangu, estreou no clube em 1929. O zagueiro que atuou na Copa de 1938 na França sempre é lembrado nas seleções de todos os tempos. Após passagens por Vasco, Nacional (URU) e Boca Juniors o zagueiro chegou ao Flamengo em 1937, onde foi campeão carioca de 1939, 1942 e 1943. Em 1944 se transferiu para o Corinthians. Domingos encerrou sua carreira no Bangu, no jogo Flamengo 4x2 Bangu, em 12 de dezembro de 1948.
Zizinho, considerado por muitos o melhor jogador brasileiro depois de Pelé, foi outro grande nome que passou pelo Bangu. Após conquistar os títulos cariocas de 1943, 1944 e 1949 chegou ao Bangu em 1950, logo após a Copa do Mundo onde foi vice-campeão, e marcou 115 gols, 78 em jogos oficiais, até deixar o clube em 1957 quando se transferiu para o São Paulo e conquistou o título paulista daquele ano. Encerrou a carreira em 1961, no Audax Italiano, do Chile.
Zózimo, zagueiro campeão mundial de 1962, foi outro grande nome do Bangu. Fez 39 partidas pela seleção brasileira, todas como jogador do Bangu. Disputou também a Olimpíada de Helsinque, em 1952.
Ademir da Guia foi outro grande nome da família da Guia e do Bangu. Começou a ganhar destaque quando foi campeão carioca juvenil de 1959. Em 1960 e 1961 se destacou no time profissional do Bangu. Filho de Domingos da Guia, Ademir se transferiu para o Palmeiras em 1961 e ganhou os títulos paulistas de 1963, 1966, 1972, 1974 e 1976, o Rio-São Paulo de 1965, a Taça Brasil de 1967, a Taça de Prata em 1967 e 1969 e o bicampeonato brasileiro em 1972 e 1973. Considerado um dos maiores apoiadores da história do nosso futebol, disputou 12 partidas pela seleção brasileira, uma delas na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha.
Ubirajara foi o grande goleiro da história do Bangu. Jogou por 10 anos no time, de 1958 a 1968, e foi campeão carioca de 1966 pelo clube. Em 1969 foi para o Botafogo onde ficou até 1971, depois foi para o Flamengo em 1972 onde encerrou a carreira um ano depois. Pela seleção atuou apenas uma vez: vitória de 3x1 do Brasil sobre o Peru em amistoso prepatório para a Copa de 1966.
Fidelis jogou no Bangu de 1962 até 1967. O lateral-direito disputou 8 partidas pela seleção Brasileira, todas em 1966, ano em que também disputou a Copa do Mundo da Inglaterra. Após o Bangu se transferiu para o Vasco onde jogou de 1968 a 1975. Depois do Vasco jogou pelo ABC de Natal de 1976 a 1978, no Operário-MT de 1979 a 1980 e no São José, onde encerrou a carreira, em 1981.
Outro grande jogador do título de 1966, Paulo Borges jogou no Bangu de 1961 à 1968. No título de 1966 comandou o ataque e foi artilheiro do campeonato com 16 gols, e em 1967 fez a artilharia com 13. Entre 1966 e 1969 jogou 20 jogos e fez 4 gols pela seleção. Após sair do Bangu foi defender o Corinthians naquela que seria a maior transição do futebol brasileiro até então. Teve uma passagem de seis meses pelo Palmeiras em 1971, porém retornou ao Corinthians onde ficou até 1974. Em 1975 encerrou a carreira após jogar 3 meses no Pontagrossense do Paraná e mais 3 meses no Vasco do Sergipe.
Aladim foi o outro lateral no titulo de 1966. Estreou no Bangu com 18 anos em 1964 e foi titular absoluto até 1970 quando transferiu-se para o Corinthians. Em 1972 foi para o Coritiba onde conquistou por cinco vezes o campeonato paranaense. Em 1981 foi para o Colorado, extinto clube do Paraná, onde encerrou sua carreira em 1948.
Arturzinho jogou por dezenas de clubes no Brasil. Porém foi no Bangu que teve destaque. Chegou em 1982, mas em 1984 saiu para jogar no Vasco, e no mesmo ano no Corinthians. Voltou em 1985 quando foi o vice-campeão brasileiro e o vice carioca e conquistou a Taça Rio em 1987. Em 1991 voltou para o Bangu mas não obteve o mesmo sucesso da outra passagem.
Cláudio Adão foi outro grande nome que passou pelo Bangu. Após atuar em vários clubes chegou no Bangu em 1984 e defendeu o clube até 1985. Foi outro jogador que foi vice-campeão brasileiro e vice-campeão carioca. Após sair do Bangu atuou em dezenas de clubes.
Marinho teve 3 passagens pelo Bangu. A primeira foi de 1982 até o comecinho 1988. Nesses anos o jogador conquistou o vice-campeonato brasileiro, o vice-campeonato carioca de 1985, e a Taça Rio de 1987. Em 1986 foi eleito o melhor jogador do país, foi também o ano em que defendeu por duas vezes a Seleção Brasileira principal, marcou um gol. Em 1976, também pela Seleção, esteve na Olimpíada de Montreal. Em 1991 após passagem pelo Botafogo voltou ao Bangu em 1991. Depois rodou por várias equipes até voltar ao Bangu em 1996 e encerrar sua carreira aos 39 anos.
Mauro Galvão foi o último grande nome do Bangu. Estava no clube de Moça Bonita na última grande conquista do clube, a Taça Guanabara de 1987. Tetracampeão brasileiro (1976, 1986, 1997, 2000), também fez 26 jogos pela Seleção brasileira, pela qual disputou a Olimpíada de Los Angeles, em 1984 e a Copa do Mundo de 1990.
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Extraído de: http://www.tribosjovens.com.br
Fonte das fotos, hino e dados: BANGU.NET
Ruben Neto
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"A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo."
Eduardo Galeano
JOSÉ CLEBER , ex-preparador físico do Bangu02/03/08
Ele preparava a máquina dos anos 80
Um otimista. Um vencedor. Adjetivos que podem classificar o antigo e conhecido preparador físico do Bangu dos anos 80, José Cléber. Na época, um garotão de 27 anos, hoje já cinqüentão treinando do Al-Jahra, do Kuwait.
Mas o que diferenciava Cléber de outros tantos preparadores que passaram por Moça Bonita é que ele, realmente, era banguense. Aliás, como não ser, se Cléber estava ali dentro vivendo dia a dia as glórias e os dramas dos timaços dos anos 80. Antes de chegar ao Bangu, em 1984, Cléber trabalhou no Madureira, no Bonsucesso e no Americano. Começava assim, uma carreira de cinco anos, no clube vermelho e branco. Como preparador, Cléber fez muitas amizades e faz questão de listar os nomes de cada um de seus atletas. Toinho, Gilmar, Júlio Galvão, Gilson Paulino, Rosemiro, Márcio Nunes, Oliveira, Fernandes, Baby, Israel, Mário, Arturzinho, Marinho, Cláudio Adão, Toby, Pingo, Lulinha, Gilson Gênio, Gilson fazem parte da listagem que Cléber recitou. Obviamente, relembrando o passado é inevitável falar das finais de 1985. Onde segundo ele, “tivemos falta de sorte contra o Coritiba e fomos garfados pela arbitragem do Wright contra o Flu”. Um tempo bom – “o melhor que vivi em Moça Bonita”, faz questão de dizer. Mas, como bom banguense, para Cléber o clube é “um vulcão em repouso, que tem tudo para entrar em erupção”. Otimismo, esperança, mesmo no Kuwait, Cléber acompanha a má fase do clube, e torço muito “para ver ressurgir o nosso Bangu, para resgatar seu prestígio e suas glórias” – comenta o preparador, sem ter idéia de que qualquer time do Kuwait ganharia fácil dos reservas do Madureira que o alvirrubro anda usando... |
Carlos Molinari Pesquisador da história do Bangu Atlético Clube. Fonte: bangu.net |
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MENDONÇA, ex-jogador do Bangu 10/03/08
Nove jogos e muita história
Milton da Cunha Mendonça, um meia de estilo refinado que fez história no Botafogo dos anos 70 e 80, também jogou no Bangu. Pouca gente lembra, é verdade. Afinal, Mendonça vestiu a camisa alvirrubra apenas nove vezes, no final da temporada de 1990.
Com passagens pelo Botafogo (1975 a 83), Portuguesa (1983 a 85), Palmeiras (1985 a 87), Santos (1987 a 89), Al Saad do Catar (1989) e Inter de Limeira (1989), Mendonça veio para o Bangu somente encerrar sua carreira no clube em que deu os primeiros chutes na escolinha de dente-de-leite, em 1970, quando tinha 12 anos. Hoje, comentarista da Rádio RDC 1480 AM, Mendonça mora em Bangu e tem ótimas lembranças de seus companheiros de Moça Bonita, como Sales, Arturzinho, Gilson e Vágner Pepeta, com quem conviveu entre outubro e dezembro de 1990. Na ocasião, disputou o Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão e a Taça Adolpho Bloch, promovida pela TV Manchete. Marcou dois gols - um contra o Fluminense, na vitória por 1 x 0 nas Laranjeiras, que faz questão de guardar até hoje em vídeo-tape. Sobre o estado atual do clube, Mendonça é extremamente crítico: "É muito triste. Ver um clube ao qual cheguei aos 12 anos, nos dentes-de-leite, com a estrutura que tinha e agora, sem ter nada." O carinho de Mendonça pelo clube tem muita ligação com a história de seu pai, zagueiro do time vice-campeão carioca de 1951, que teve a perna fraturada por Didi, justamente na decisão contra o Fluminense. Mendonça "pai" nunca se recuperou totalmente da lesão, teve sua carreira abreviada, o Bangu perdeu o título e o árbitro Mário Vianna sequer expulsou o meia Didi, deixando o alvirrubro com dez homens aos 5 minutos do primeiro tempo (na época, não eram permitidas substituições). | ||||
Carlos Molinari Pesquisador da história do Bangu Atlético Clube. Fonte: bangu.net ____________________________________________________________________
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JORGE VIEIRA, ex-técnico do Bangu24/03/08
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Cinco meses no comando
Em 1983, o Bangu confiava em Jorge Vieira para classificar o time na Taça de Prata
Foram apenas 18 jogos no comando do Bangu, com 8 vitórias, 5 empates e 5 derrotas, meros cinco meses trabalhando em Moça Bonita, mas o técnico Jorge Vieira é, de qualquer forma, um nome marcante. Quando chegou ao clube, em janeiro de 1983, o treinador, na época com 49 anos, tinha pela frente o desafio de classificar o alvirrubro da Taça de Prata para a Taça de Ouro, ou seja, leva-lo da segunda para a primeira divisão do Brasileirão na mesma temporada.
Entretanto, com um elenco formado por grandes craques como Arturzinho, Mário, Ado, Luisão, Marinho e Rubens Feijão, o Bangu conseguiu chegar apenas à segunda fase da Taça de Prata, sendo eliminado após resultados pífios frente o Londrina (0 x 1) e o Botafogo/SP (1 x 1).
Jorge Vieira ainda resistiu no cargo após a eliminação precoce, mas logo foi chamado para treinar o Corinthians, no mês de maio, e deixou o clube de Moça Bonita nas mãos de Moisés, que nunca tinha sido técnico de uma equipe profissional.
Do Bangu, Jorge Vieira guarda saudades da camaradagem e a cordialidade dos jogadores e principalmente do patrono Castor de Andrade que “nada deixava faltar ao clube”. Hoje, o veterano treinador coordena o futebol do América, após passagens vitoriosas por inúmeros clubes, incluindo uma inédita classificação do Iraque para a Copa do Mundo do México, em 1986.
Sobre o atual momento do Bangu, Jorge Vieira acha lastimável, “pois sequer se ouve mais falar do clube”.
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Carlos Molinari
Pesquisador da história do Bangu Atlético Clube.
Fonte: bangu.net
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