Carioca de 1966

Bangu AC


Campeonato Carioca de 1966. O Bangu, como ocorrera nos dois anos anteriores, estava perto do título. Em 1964 e 1965 deixara escapar a taça no final, ficando em ambas as vezes com o vice-campeonato. A base da equipe comandada pelo técnico argentino Alfredo Gonzalez era a mesma montada pelo antigo e lendário treinador Tim. A arma principal do time era o ataque utilizando os lados do campo. O ponta-direita e um dos maiores jogadores da história do time era Paulo Borges. Veloz e letal, tirava o sono dos laterais que teriam que o marcar. Era tão rápido que recebeu o apelido de “Gazela”, e tão goleador que se sagrou o artilheiro do campeonato ( seria também o artilheiro do carioca de 1967 ). Pelo lado esquerdo do time, Aladim, que mais tarde faria história no Curitiba conquistando 6 títulos estaduais, era quem infernizava as defesas. O Bangu neste campeonato de 66 teve além do já citado artilheiro Paulo Borges, o melhor ataque ( 50 gols marcados ) e a melhor defesa ( 8 gols sofridos ). Se no ataque os pontas eram o ponto forte, na defesa quem mandava era Fidélis. O jogador tinha um porte físico tão privilegiado que foi apelidado de “Touro Sentado”. Sua grande importância para o time refletiu em sua convocação para a Copa do Mundo de 1966.

E o Flamengo? Para mostrar a força do time, é só falarmos que ele buscava o bicampeonato, pois havia sido o campeão de 1965. Para mostrar a qualidade técnica do time, lembremos de Carlinhos. Muito conhecido dos torcedores por seu papel como treinador bicampeão brasileiro em 1987 e 1992 pelo próprio clube da Gávea, Carlinhos era tão técnico, elegante e clássico, como jogador, que o conheciam como “Violino”. E a raça que todo rubro-negro exige, estava presente em Almir. Almir Pernambuquinho chegou no Flamengo para ser ídolo após ter atuado no Vasco e trouxe, em sua bagagem, o título Mundial de Clubes de 1963, pelo Santos, substituindo no jogo decisivo ninguém menos que Pelé. Jogador de qualidade incomum, até para época, Almir às vezes confundia raça com briga. Arrumou muitos problemas por este motivo, sendo sempre adorado pelos torcedores de seu time e odiado pela torcida adversária.

Vamos então ao jogo. No dia 18 de dezembro de 1966 o Maracanã recebia um público de 143978 torcedores. Estádio lotado para saber se o Flamengo de Almir seria bicampeão ou se finalmente o Bangu de Paulo Borges levaria o troféu. Antes mesmo de iniciar a partida, já temos história pra contar. Em seu livro “Eu e o futebol”, Almir relata com todos os detalhes que o juíz Aírton Vieira de Morais e o goleiro rubro-negro Valdomiro estavam comprados pelo Bangu do cartola Castor de Andrade. Se é verdade ou mágoa de quem perdeu o título nunca iremos saber. Bola rolando e apesar de o Flamengo criar chances defendidas pelo goleiro alvi-rubro Ubirajara, Paulo Borges arrasa em campo e o Bangu sai para o intervalo vencendo por 2 a 0. O Flamengo voltou esperançoso para o segundo tempo, mas o próprio Almir nos conta o que ocorreu: “Logo aos 3 minutos, ficamos grogues: outro gol do Bangu. Houve um lançamento em profundidade para Paulo Borges, que fez uma jogada sensacional e marcou um dos gols mais bonitos da história do Maracanã. Ele deu um chapéu em nosso zagueiro Ditão para um lado, para o outro e, com a bola ainda no ar, deu um chute violentíssimo, indefensável.”.

Depois deste gol, o Flamengo e, principalmente, Almir ficaram com o sangue quente. Após uma discussão entre o atacante banguense Ladeira e o zagueiro flamenguista Paulo Henrique, alguns jogadores foram separar o bate-boca e Almir foi botar fogo na briga. Deu-se início a uma das maiores pancadarias da história do futebol carioca. Almir socava e chutava tudo de vermelho e branco em sua frente. A torcida gritava: Por-ra-da! Por-ra-da! Por-ra-da! E ninguém conseguia parar Almir e a briga. Após o fim do tumulto, o juíz expulsou 5 jogadores do Flamengo e 4 do Bangu. Assim o jogo terminou por falta de atletas no time rubro-negro aos 25 minutos do 2o tempo. Bangu campeão carioca de 1966.

Bangu 3 x 0 Flamengo
18 de dezembro de 1966
Maracanã – Público: 143978 torcedores
Gols: 1o tempo: Ocimar ( Ban ) aos 23’ e Aladim ( Ban ) aos 26’; 2o tempo: Paulo Borges 

( Ban ) aos 3’.
Flamengo: Valdomiro; Murilo, Jaime, Itamar e Paulo Henrique; Nelsinho e Carlinhos; Carlos Alberto, Almir, Silva e Osvaldo.
Bangu: Ubirajara; Fidélis, Mario Tito, Luiz Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Cabralzinho, Ladeira e Aladim.












ESCALAÇÃO DE 1966:


MARIO TITO


Mário Tito, marcante zagueiro-central do Bangu e do Cruzeiro nos anos 60 e início de 70, morreu no Rio de Janeiro no dia 9 de março de 1997.
Mário Tito é um dos heróis do Bangu AC, campeão carioca de 1966. Ele participou daquela final dramática que não teve volta olímpica do Bangu - que foi campeão ao golear o Fla, do goleiro Valdomiro, por 3 a 0 -, mas que teve muita polêmica.

Valdomiro, goleiro do Flamengo, foi acusado de corpo mole (nunca provado) e Almir, vendo que o título já estava perdido, agrediu jogadores do Bangu, principalmente Ladeira.

O pau quebrou de forma generalizada no Maracanã e o jogo foi encerrado antes de seu tempo normal. Itamar, zagueiro-central do Flamengo, também brigou muito, mas igualmente foi um dos derrotados ao lado de Valdomiro, Murilo, Paulo Henrique, Carlinhos, Carlos Alberto, Silva, Almir, Nelsinho Rosa, dentre outros.

E o Bangu A.C. entrou para a história jogando com Ubirajara, Fidélis, Mário Tito, Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Ladeira, Cabralzinho e Aladim. O técnico era Alfredo Gonzalez.

No Cruzeiro, Mário Tito formou bela dupla de área com o também saudoso Fontana. O Cruzeiro, ao perder os veteranos Willian e Procópio, foi ao Rio buscar Mário Tito (no Bangu) e Fontana (no Vasco).

Fonte: http://terceirotempo.bol.uol.com.br


UBIRAJARA MOTTA


Ubirajara Gonçalves Motta, o Ubirajara Branco, ex-goleiro do Bangu, Botafogo e Flamengo, nasceu no Rio de Janeiro no dia 4 de setembro de 1936 e continua morando na cidade maravilhosa, onde já foi presidente da Fugap (Fundação de Garantia do Atleta Profissional). O ex-arqueiro, que virou contador depois de encerrar a carreira, está aposentado.


Ubirajara defendeu o Bangu de 1959 a 1968 e participou do memorável time alvirubro campeão carioca de 1966. O Bangu vencedor daquele Carioca tinha a seguinte equipe: Ubirajara Motta, Mário Tito (que hoje mora no céu), Luiz Alberto, Ari Clemente, Fidélis e Jaime; Paulo Borges (depois defendeu o Corinthians), Cabralzinho, Ladeira, Ocimar e Aladim.



Neste mesmo ano, o goleiro fez parte de uma lista de Vicente Feola com 47 jogadores que iriam participar dos treinamentos, visando a Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra.



JOGO HISTÓRICO PELO BOTAFOGO CONTRA O FLU



O Bira (como é chamado) transferiu-se em 1968 para o Botafogo e foi um dos protagonistas daquele polêmico título carioca do Fluminense, em 1971. Esse jogo até hoje é comentado, pos na jogada do gol, o Bira saiu para cortar um cruzamento e Marco Antônio (lateral do Flu) fez falta (empurrou Ubirajara) e o impediu de fazer a defesa. Lula aproveitou e fez o gol do título para o time das Laranjeiras. Aproximadamente 130 mil torcedores lotavam o Maracanã e viram o lance irregular, menos o árbitro José Marçal Filho.



UBIRAJARA NO FLA



Em 1972, Ubirajara trocou o Botafogo pelo Flamengo. Um fato curioso é que o Flamengo chegou a ficar com dois goleiros de nome Ubirajara. Além de Ubirajara Motta, o rubro-negro contava com Ubirajara Alcântara, considerado o negro mais bonito do Brasil e que posteriormente defendeu também o Botafogo. Pelo time da Gávea, segundo números do "Almanaque do Flamengo", de Clóvis Martins e Roberto Assaf, Ubirajara Motta realizou 40 jogos (21 vitórias, 11 empates e 8 derrrotas). Ele encerrou aos 38 anos.


Fonte: http://terceirotempo.bol.uol.com.br



LUIZ ALBERTO




Que defesa boa, que traz tanta confiança pra gente...

Ubirajara, Fidélis, Mário Tito, Luís Alberto e Ari Clemente. E é justamente sobre o campeão de 66, Luís Alberto Alves Severino, que esta coluna dedica seu espaço.

Hoje, com 64 anos, este banguense autêntico, legítimo, nascido e criado no bairro, conseguiu aos 22 anos a honra de ser campeão pelo clube alvirrubro. Jogou em Moça Bonita de 1963 a 1975, saindo em 1970, emprestado ao Flamengo. Fez 293 partidas, com 124 vitórias, 75 empates e 94 derrotas.

O melhor momento? Curiosamente não foi a final contra o Flamengo, em 1966, na qual foi até mesmo expulso, e sim a volta olímpica que se sucedeu ao jogo.

Chegou ao clube saído do Ceres, quando ainda era Juvenil, levado pelo ex-jogador Eduardo Moura, irmão do "seu" Vivi. Luís Alberto, hoje técnico de futebol, sente muito orgulho de seus feitos como jogador. Mas faz questão de lembrar que em duas passagens, dirigiu o seu clube de coração com bons resultados.

A primeira entre 1977 e 1978 e depois em 1997, totalizando 103 jogos, com 31 vitórias, 27 empates e 45 derrotas. Além do Bangu, Luís Alberto treinou o Americano, no início de sua carreira e passou 20 anos trabalhando na Ásia, desenvolvendo o futebol em países como o Nepal e o Vietnã.

O campeão de 66 guarda uma mágoa em relação ao Bangu de hoje. "Gostaria de ser o técnico do time, mas no momento é difícil, não há oportunidades para ex-atletas e pessoas identificadas com o clube" - lamenta.

Carlos Molinari

Pesquisador da história do Bangu Atlético Clube.
Fonte: bangu.net


ARI CLEMENTE



Ari Clemente, ex-lateral-esquerdo do Corinthians, Bangu e Saad (do ABC Paulista), aposentou-se como funcionário do Banco Excel. Casado com Dona Elenita, Ari é pai de três filhos e avô de cinco netos.


Ari foi segurança do banqueiro Ezequiel Nasser por 30 anos e, agora, curte sua aposentaria na Rua Martins Fernandes, no Imirim, em São Paulo.



Com a camisa do Corinthians, entre os anos de 1958 e 1964, Ari Clemente fez 294 jogos (157 vitórias, 59 empates e 78 derrotas) e não marcou nenhum gol, como mostra o "Almanaque do Corinthians", de Celso Dario Unzelte.



Ari participou daquela dramática final do campeonato carioca de 1966 que não teve volta olímpica do Bangu - que foi campeão ao golear o Fla, do goleiro Valdomiro, por 3 a 0 -, mas que teve muita polêmica.



Valdomiro, goleiro do Flamengo, foi acusado de corpo mole (nunca provado) e Almir, vendo que o título já estava perdido, agrediu jogadores do Bangu, principalmente Ladeira.



O pau quebrou de forma generalizada no Maracanã e o jogo foi encerrado antes de seu tempo normal. Itamar, zagueiro-central do Flamengo, também brigou muito, mas igualmente foi um dos derrotados ao lado do goleiro Valdomiro, Murilo, Paulo Henrique, Carlinhos, Carlos Alberto, Silva, Almir, Nelsinho Rosa, dentre outros.



E o Bangu A.C. entrou para a história jogando com Ubirajara, Fidélis, Mário Tito, Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Ladeira, Cabralzinho e Aladim. O técnico era Alfredo Gonzalez.


Fonte: http://terceirotempo.bol.uol.com.br


FIDÉLIS


Fidélis, o José Maria Fidélis dos Santos, lateral-direito do Brasil na Copa de 66, do Bangu e do Vasco, nos anos 60 e 70, morreu no dia 28 de novembro de 2012, aos 68 anos, em São José dos Campos, em função de um câncer no estômago.

Ele tinha residência fixa no Rio de Janeiro (RJ), onde era disputado por escolhinhas de futebol que queriam que o ex-atleta passasse sua experiência para as novas gerações de jogadores.

O ex-lateral passou o último mês de sua vida em São José dos Campos-SP, sua cidade natal, para o tratamento do câncer, descoberto sete meses antes. Fidélis contava com o apoio do São José Esporte Clube, primeira equipe treinada por ele.

Eleito o melhor lateral-direito do futebol carioca por quatro anos seguidos, Fidélis conquistou dois Estaduais em sua carreira: um pelo Bangu, em 1966, e outro pelo Vasco, em 1970. Com o Cruzmaltino, inclusive, foi também campeão brasileiro, na temporada de 1974.

Foi convocado por Vicente Feola para a Copa de 1966, dividindo espaço no time com o já experiente Djalma Santos. Na ocasião, Fidélis barrou a ida ao Mundial da Inglaterra de Carlos Alberto Torres, que quatro anos mais tarde se tornaria o “capitão do tri”.

Após a Copa, entretanto, Fidélis nunca mais foi convocado para a Seleção Brasileira. Isso pelo fato de ter voltado ao país afirmando que a Confederação Brasileira de Futebol havia vendido resultados na competição, o que nunca foi provado.

Na foto histórica ao lado, tirada no Maracanã, você pode ver Fidélis, ao lado de Ari Clemente e Jaime, no time do Bangu Campeão Carioca de 1966. Ele participou daquela final dramática que não teve volta olímpica do Bangu - que foi campeão ao golear o Fla, de Valdomiro, por 3 a 0 -, mas que teve muita polêmica.

O goleiro Valdomiro (do Fla) foi acusado de corpo mole (nunca provado) e Almir, vendo que o título já estava perdido, agrediu jogadores do Bangu, principalmente Ladeira (hoje o técnico de juniores, Adaílton Ladeira).

O pau quebrou de forma generalizada no Maracanã e o jogo foi encerrado antes de seu tempo normal. Itamar, zagueiro-central do Flamengo, também brigou muito, mas igualmente foi um dos derrotados ao lado do goleiro Valdomiro, Murilo, Paulo Henrique, Carlinhos, Carlos Alberto, Silva, Almir, Nelsinho Rosa, dentre outros.

E o Bangu A.C. entrou para a história jogando com Ubirajara, Fidélis, Mário Tito (já falecido), Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Ladeira, Cabralzinho e Aladim. O técnico era Alfredo Gonzalez.

Esse timaço do Bangu, Campeão Carioca de 1966, você vê acima. O massagista Pastinha, presente na imagem, também já é falecido.

Em 28 de novembro de 2012, a redação do Portal Terceiro Tempo recebeu o seguinte e-mail do internauta Luciano Martins, informando a morte de Fidélis

De: luciano martins [mailto:juniorbaterasjc@yahoo.com.br] 
Enviada em: quarta-feira, 28 de novembro de 2012 14:43
Para: Redação
Assunto: Morreu Fidélis - O Touro Sentado

Morreu no início da tarde de hoje Fidélis, ex-jogador do Bangu, Vasco da Gama, São José e Seleção Brasileira !!!

Fidélis Sofria de Câncer a algum tempo na cidade de Campo Grande-RJ onde vivia com a esposa Maria das Graças, tentou ajuda com dirigentes do Vasco da Gama, sem sucesso. 

Através da Diretoria do São José E.C, conseguiu a locomoção da Cidade carioca e internação no hospital Joseense Pio XII onde permaneceu por cerca de 20 dias, para o tratamento de um câncer... A doença se generalizou e Fidélis não resistiu...

Jose Maria FIDÉLIS era lateral direito, nasceu em 13/03/1944, (68 Anos) em São José dos Campos-SP 

Pelo São José atuou de (1979 á 1981) – em 94 jogos, marcou 1 gol. Foi campeão da Segunda Divisão de 80, o primeiro acesso para o Paulistão. Depois se tornou técnico no próprio São José em 81, 82 e 84.

Campeão carioca pelo Bangu em 66 e campeão brasileiro pelo Vasco da Gama em 74, entre outros títulos. 

Foram 8 jogos pela Seleção Brasileira e 1 gol marcado. Jogo este realizado em 1966 contra o Peru (3x1), em amistoso disputado no Maracanã. 

Participou da Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra. 

Quando estava no Rio de Janeiro, ganhou o apelido de “Touro Sentado”  e este apelido veio devido à semelhança física com o histórico líder indígena americano, que comandou e derrotou um exército de 3.500 índios contra uma frota americana, em 1830. Depois disso, passou a ser perseguido e se entregou. Em liberdade, passou a fazer parte dos espetáculos de Buffalo Bill, famoso pistoleiro americano. 

Fonte: http://terceirotempo.bol.uol.com.br


JAIME


Jaime tem lugar reservado na história do Bangu por ter sido campeão carioca de 1966, além de ter obtido dois vices em 1965 e 1967. Mas, além dos títulos, o que chamava a atenção em Jaime era a sua habilidade no meio-campo, aliada a uma facilidade em participar das jogadas ofensivas da equipe. Mesmo não tendo a obrigação de marcar gols, Jaime balançou as redes 21 vezes durante sua carreira. Marcou, inclusive, o gol da vitória sobre o Guarani, que deu o título do Torneio Quadrangular de Campinas, em 1968, ao Bangu.


Comprado do Bonsucesso por 25 mil cruzeiros, Jaime chegou ao Bangu em 1965. Depois de se consagrar na equipe, criou caso com o treinador Antoninho em 1968 e foi barrado por uns tempos. O técnico acabou lançando-o em campo numa partida amistosa contra o Democrata de Governador Valadares (vitória banguense por 3 a 0) e Jaime “acabou” com o jogo, despertando ainda mais a ira de Antoninho:



“Jaime é maquiavélico. Para humilhar o treinador, é capaz de deslumbrar uma cidade com seu futebol”.



Saiu do Bangu no início de 1969 para jogar no Palmeiras, vendido a toque de caixa por 280 mil cruzeiros, quando valia aproximadamente 500 mil. Ficou no Parque Antártica até 1971, quando foi emprestado ao Olaria. Depois, foi jogar na Portuguesa Santista. Estava no Sport Recife quando regressou ao Bangu em 1974. Na ocasião, com 31 anos, Jaime voltou dizendo: “Vou provar que ainda sei jogar esse negócio”. No entanto, a fragilidade da equipe de 74 não deu chances para o craque mostrar o seu brilho de campeão de 66. 



Sem mais o que fazer no futebol, Jaime resolveu encerrar a carreira ao final daquele ano.



Todos os gols de Jaime pelo Bangu:
Fluminense (4), Vasco (2), Tupi (1), América (1), Flamengo (1), Barra Mansa (1), Portuguesa (1), Bonsucesso (1), Taubaté (1), CRB (1), Corinthians (1), Shamrock Rovers-IRL (1), Campo Grande (1), Seleção Goiana (1), Guarani (1), Atlético Mineiro (1), Botafogo (1).

Fonte: bangu.net


PAULO BORGES

Paulo Luis Borges, o Paulo Borges "Risadinha", faleceu no dia 15 de julho de 2011, no Hospital Paulistano, na capital paulista, por decorrência de câncer de pulmão.


Natural de Laranjais, no Rio de Janeiro, Paulo nasceu no dia 24 de dezembro de 1944. 



Paulo Borges era o maior ponta direita da América do Sul e foi contratado pelo presidente Wadi Helou numa ousada tacada que chacoalhou o noticiário esportivo brasileiro.



E um resultado foi marcante: Paulo Borges fez o primeiro gol do Corinthians, no dia 6 de março de 1968, na célebre noite em que finalmente caiu o tabú do Santos contra o Timão. O jogo terminou 2 a 0 para o Corinthians, numa quarta-feira à noite, no Pacaembu, gols de Paulo Borges de pé esquerdo e de Flávio Minuano de pé direito. Era o fim do tabú que durou 10 anos com o Santos de Pelé só ganhando ou empatando com o Corinthians em jogos do Campeonato Paulista.



Na segunda das fotos acima, você identifica o time do Corinthians responsável por esse momento histórico. A foto é do dia 10 de março de 1968, um domingo. Mas o jogo do tabu foi numa quarta-feira à noite no estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu. Daqueles jogadores, já morreram Ditão e Eduardo.



No Parque São Jorge Paulo Borges ficou de 1968 a 1974, tendo sido emprestado ao Palmeiras em 1971, mas só saiu definitivamente do Corinthians no final de 1974 quando foi jogar no Nacional de Manaus.



Paulo Borges, o Risadinha ou Gazela, nasceu em Laranjais-RJ no dia 24 de dezembro de 1944, é casado pela segunda vez, tem vários filhos do primeiro casamento e reside em São Paulo desde 1968.



No Bangu, onde jogou de 1962 à 1967, foi campeão carioca de 1966 tendo marcado 16 gols naquela competição. Ele participou daquela final dramática que não teve volta olímpica do Bangu - que foi campeão ao golear o Fla, de Valdomiro, por 3 a 0 -, mas que teve muita polêmica.



O goleiro Valdomiro (do Fla) foi acusado de corpo mole (nunca provado) e Almir, vendo que o título já estava perdido, agrediu jogadores do Bangu, principalmente Ladeira (hoje o técnico de juniores, Adaílton Ladeira).



O pau quebrou de forma generalizada no Maracanã e o jogo foi encerrado antes de seu tempo normal. Itamar, zagueiro-central do Flamengo, também brigou muito, mas igualmente foi um dos derrotados ao lado de Valdomiro, Murilo, Paulo Henrique, Carlinhos, Carlos Alberto, Silva, Almir, Nelsinho Rosa, dentre outros.

E o Bangu A.C. entrou para a história jogando com Ubirajara, Fidélis, Mário Tito (já falecido), Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Ladeira, Cabralzinho e Aladim. O técnico era Alfredo Gonzalez.

Esse timaço do Bangu, Campeão Carioca de 1966, você vê acima na foto histórica tirada no estádio do Maracanã. O massagista Pastinha, presente na imagem, também já é falecido.

Também em 1966, Paulo Borges foi um dos 47 jogadores convocados, pelo técnico Vicente Feola, para o período de treinamento que visava conquistar a Copa da Inglaterra e, consequentemente, o tricampeonato mundial de futebol. Infelizmente deu tudo errado.

Os 47 jogadores convocados, devido a forte pressão dos dirigentes dos clubes, para o período de treinamento em Serra Negra-SP e Caxambu-MG como preparação para a Copa de 66, na Inglaterra, foram: Fábio – São Paulo, Gylmar – Santos, Manga – Botafogo, Ubirajara Mota – Bangu e Valdir – Palmeiras (goleiros); Carlos Alberto Torres – Santos, Djalma Santos – Palmeiras, Fidélis – Bangu, Murilo – Flamengo, Édson Cegonha – Corinthians, Paulo Henrique – Flamengo e Rildo – Botafogo (laterais); Altair – Fluminense, Bellini – São Paulo, Brito – Vasco, Ditão – Flamengo, Djalma Dias – Palmeiras, Fontana – Vasco, Leônidas – América/RJ, Orlando Peçanha – Santos e Roberto Dias – São Paulo (zagueiros); Denílson – Fluminense, Dino Sani – Corinthians, Dudu – Palmeiras, Edu – Santos, Fefeu – São Paulo, Gérson – Botafogo, Lima – Santos, Oldair – Vasco e Zito – Santos (apoiadores); Alcindo – Grêmio, Amarildo – Milan, Célio – Vasco, Flávio – Corinthians, Garrincha – Corinthians, Ivair – Portuguesa de Desportos, Jair da Costa – Inter de Milão, Jairzinho – Botafogo, Nado-Náutico, Parada – Botafogo, Paraná – São Paulo, Paulo Borges – Bangu, Pelé – Santos, Servílio – Palmeiras, Rinaldo – Palmeiras, Silva – Flamengo e Tostão – Cruzeiro (atacantes).

Dos 47 convocados por Vicente Feola, para esse infeliz período de treinamentos, acabaram viajando para a Inglaterra os seguintes 22 "sobreviventes": Gylmar e Manga (goleiros); Djalma Santos, Fidélis, Paulo Henrique e Rildo (laterais); Bellini, Altair, Brito e Orlando Peçanha (zagueiros); Denílson, Lima, Gérson e Zito (apoiadores); Garrincha, Edu, Alcindo, Pelé, Jairzinho, Silva, Tostão e Paraná (atacantes).


Fonte: http://terceirotempo.bol.uol.com.br


CABRALZINHO


Carlos Roberto Ferreira Cabral, o Cabralzinho, nascido em 2 de janeiro de 1945, em Santos (SP) foi o melhor técnico do Santos FC desde 1984, até a chegada de Emerson Leão (2002 - Campeão Brasileiro em 2002 e vice da Libertadores em 2004), já trabalhou mais de nove vezes na Arábia Saudita. 

Em 1995, teve ótima passagem pelo Santos FC como técnico, levando a equipe da Vila ao vice-campeonato brasileiro.

Dirigiu em 2000 o Al Qasisiyah da cidade de Al Khobar, ao lado de Damman, no Golfo Pérsico. Em 2004 e 2005 Cabralzinho assumiu o Zamalek, do Egito, residindo na bela cidade do Cairo. Já em 2009 foi se "aventurar" como treinador no futebol da Túnisia. Cabralzinho tem residência fixa em Indaiatuba-SP,  cidade próxima  a Campinas, mas é técnico "do mundo".

Como jogador Cabralzinho começou no Santos FC e passou pelo São Bento de Sorocaba (SP), Fluminense, Bangu e Palmeiras. No Verdão, atuou de 1968 a 1971. Fez 45 jogos e obteve 20 vitórias, 12 empates e 13 derrotas. Marcou apenas 3 gols pelo alviverde e foi campeão da Taça Roberto Gomes Pedrosa em 1969 (fonte: Almanaque do Palmeiras - Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti). Sete anos antes, jogando pelo Santos, conseguiu seu principal título: a Copa Libertadores da América.

Na galeria de fotos, uma foto histórica com Cabralzinho ao lado de Paulo Borges Risadinha e de Adaílton Ladeira (hoje técnico de juniores) no inesquecível time do Bangu Campeão Carioca de 1966. Ele participou daquela final dramática que não teve volta olímpica do Bangu - que foi campeão ao golear o Fla, de Valdomiro, por 3 a 0 -, mas que teve muita polêmica.

O goleiro Valdomiro foi acusado de corpo mole (nunca provado) e Almir, vendo que o título já estava perdido, agrediu jogadores do Bangu, principalmente Ladeira (hoje o técnico de juniores, Adaílton Ladeira).

O pau quebrou de forma generalizada no Maracanã e o jogo foi encerrado antes de seu tempo normal. Itamar, zagueiro-central do Flamengo, também brigou muito, mas igualmente foi um dos derrotados ao lado de Valdomiro, Murilo, Paulo Henrique, Carlinhos, Carlos Alberto, Silva, Almir, Nelsinho Rosa, dentre outros.

E o Bangu A.C. entrou para a história jogando com Ubirajara, Fidélis, Mário Tito (já falecido), Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Ladeira, Cabralzinho e Aladim. O técnico era Alfredo Gonzalez.


Fonte: http://terceirotempo.bol.uol.com.br 


LADEIRA

Jogando futebol, Ladeira foi ponta-direita, meia-direita e centroavante dos mais eficientes. No Náutico, ao lado de Valter (goleiro), Nino, Gena, Fraga, Clóvis e do técnico Duque, foi vice-campeão da Taça Brasil em 1967.


A partida final foi contra o Palmeiras, que venceu o primeiro jogo no Recife. Mas na volta, em jogo noturno no Pacaembu, o Náutico venceu por 2 a 1, com gols do centroavante Nino e do próprio Ladeira que, em bela virada, venceu o goleiro paraguaio Perez, do Verdão. O gol palmeirense foi marcado pelo saudoso Tupãzinho, morto em 1986.



Só que na negra, o Palmeiras venceu o Náutico por 2 a 0, no Maracanã, com dois gols de César Maluco, debaixo de muita chuva.



Mas Ladeira entrou mesmo para a história em 1966 quando participou daquela final dramática que não teve volta olímpica do Bangu - que foi campeão ao golear o Fla, do goleiro Valdomiro, por 3 a 0 -, mas que teve muita polêmica.



Valdomiro, goleiro do Flamengo, foi acusado de corpo mole (nunca provado) e Almir, vendo que o título já estava perdido, agrediu jogadores do Bangu, principalmente Ladeira.



O pau quebrou de forma generalizada no Maracanã e o jogo foi encerrado antes de seu tempo normal. Itamar, zagueiro-central do Flamengo, também brigou muito, mas igualmente foi um dos derrotados ao lado de Valdomiro, Murilo, Paulo Henrique, Carlinhos, Carlos Alberto, Silva, Almir, Nelsinho Rosa, dentre outros.



E o Bangu A.C. entrou para a história jogando com Ubirajara, Fidélis, Mário Tito, Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Ladeira, Cabralzinho e Aladim. O técnico era Alfredo Gonzalez.



Ladeira também teve curtíssima passagem pelo São Paulo, onde disputou o Rio São Paulo de 1965. Fez apenas três jogos com a camisa são-paulina e marcou dois gols, conforme consta no Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa.


Fonte: http://terceirotempo.bol.uol.com.br


OCIMAR

Ocimar dos Santos Dutra, o Ocimar, ex-meia da Portuguesa  e do Bangu, mora no Rio de Janeiro (RJ) e é professor em uma escolinha de futebol.

Ocimar venceu o Campeonato Carioca com o Bangu em 1966.

Ele participou daquela final dramática que não teve volta olímpica do Bangu - que foi campeão ao golear o Fla por 3 a 0 -, mas que teve muita polêmica.

O goleiro Valdomiro (do Fla) foi acusado de corpo mole (nunca provado) e Almir, vendo que o título já estava perdido, agrediu jogadores do Bangu, principalmente Ladeira (hoje o técnico de juniores, Adaílton Ladeira).

O pau quebrou de forma generalizada no Maracanã e o jogo foi encerrado antes de seu tempo normal. Itamar, zagueiro-central do Flamengo, também brigou muito, mas igualmente foi um dos derrotados ao lado de Valdomiro, Murilo, Paulo Henrique, Carlinhos, Carlos Alberto, Silva, Almir, Nelsinho Rosa, dentre outros.

E o Bangu A.C. entrou para a história jogando com Ubirajara, Fidélis, Mário Tito (já falecido), Luís Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Ladeira, Cabralzinho e Aladim. O técnico era Alfredo Gonzalez.

Ocimar com Evaristo no Madureira

José Eustáquio Rodrigues Alves, colaborador da seção "Que Fim Levou?", lembra que Ocimar atuou no Madureira no início dos anos 50. Lá, ele tinha como companheiros de equipe Evaristo de Macedo e Alfredinho Sampaio (ex-Santos). Na galeria de fotos de Ocimar, temos um registro raro de Evaristo no Tricolor Suburbano.


Fonte: http://terceirotempo.bol.uol.com.br


ALADIM

Aqui Aladim vereador de Curitiba em 2010


Aladim Luciano, mais conhecido como Aladim ou "O Gênio", nasceu em Barra Mansa no Estado do Rio de Janeiro no dia 10 de outubro de 1946.

Ele começou a carreira no Bangu, e chegou ao alvirrubro levado por um olheiro chamado Belmiro, em 1962.
Começou nos Juvenis, treinado por Moacir Bueno e em 1963, estreou entre os profissionais numa partida do Torneio Início contra o América, no Maracanã.

Daí permaneceu no clube até 1970, passando pelas mãos de vários treinadores: Tim, Martim Francisco, Plácido Monsores, Daniel Pinto e o campeão de 1966, Alfredo González.

Escalou os degraus da profissão aceitando tranqüilamente a camisa 11 quando o argentino Alfredo González o chamou para ser o ponta-esquerda do time principal do Bangu.
Chutando de curva, com violência, e voltando sempre para ajudar o meio-campo, Aladim logo construiu uma fama que lhe assegurou lugar entre os grandes jogadores do futebol carioca.


Campeão em 66, ele ainda foi, aos 20 anos, titular da Seleção Carioca por três anos seguidos, completando um ataque no qual formavam Jairzinho, Gérson, Roberto e Afonsinho.
Paulo César Caju era apenas o seu reserva.

Deslumbrado, Aladim não teve tempo e nem juízo para aproveitar a fase e fazer um pé-de-meia. Afinal, tinha passado de 10 cruzeiros mensais para 180, e mesmo sabedor que seu companheiro de clube, Paulo Borges, ganhava mil, ele não ligava.

“O Castor era ótimo, arrumava dinheiro pra todo mundo.

Só que eu não era puxa-saco, e, além disso, ele tinha os seus favoritos, os caras da badalação.
Eu era um capiau, só fui a Copacabana algumas vezes. Um dia quiseram que eu experimentasse drogas, nunca mais voltei lá”.

Do grande time que o Bangu foi desmontando aos poucos, Aladim foi dos últimos a sair, em setembro de 1970.

Foi para o Corinthians, seguindo Paulo Borges, “ganhando bem menos”...

Pelo Bangu, foram 194 jogos (81 vitórias, 51 empates e 62 derrotas), marcando 61 gols.

Destaca, além da final contra o Flamengo, três jogos marcantes na conquista de 1966: a derrota para o Fla no 1º turno por 1 x 2, a dramática vitória sobre o América por 3 x 2 com direito a invasão de campo de Castor de Andrade para ameaçar o juiz e a goleada de 3 x 0 sobre o Botafogo.

Do time campeão, Aladim faz questão de lembrar um por um, mas diz que só mantém contato mesmo com Ari Clemente e Cabralzinho.


Sua carreira foi além de Bangu e Corinthians, jogou também no Coritiba e no Colorado e Atlético Paranaense e por isso, mora até hoje na capital paranaense, onde é dono de padaria no bairro Bacacheri e nas últimas eleições, conseguiu ser reeleito vereador pelo PV.


Entre os seus jogadores, despontava com 18 anos um juvenil chamado Aladim.
Ele fazia o terceiro homem, que facilitava tudo para os seus companheiros.

Não demorou muito para o Corinthians levá-lo para São Paulo, até que, graças ao supervisor Almir de Almeida, que trabalhara com ele no clube paulista, o jogador veio para o Coritiba.

No Coritiba fez parte do grande time de 73, saiu do Clube por duas vezes, mas sempre retornando ao seu Coritiba.
Aladim era um jogador inteligente, com um pé esquerdo que colocava a bola onde ele queria.

Mesmo depois de ter parado, ajudou o Clube a cuidar das divisões de base, e continua tendo encontro marcado todos os domingos com a família no Alto da Glória.
Não voltou mais ao Rio, estabelecendo-se aqui em Curitiba.

No Coritiba ele fez história e jogou de: 1973 a 1977, 1979 a 1980, 1983 a 1984, onde conquistou títulos, como:
Campeonato Paranaense (1973/1974/1975/1976/1979) e Torneio do Povo (1973)
Teve passagens pelas seleções carioca e brasileira.
No Corínthians foi Campeão do Torneio do Povo em 1971, além de conquistar a chuteira de ouro no Campeonato Paulista desbancando muitos craques da ponta esquerda de outros Clubes.

Histórias de Aladim...“Sinto saudade daqueles tempos de Bangu. O ‘homem’ era bom demais. Premiava as vitórias com bicho gordo. E às vezes até nos surpreendia, como um dia aconteceu em Porto Alegre.

Nenhum gaúcho acreditava que pudéssemos tirar ponto do Inter. Mas fomos lá e empatamos em 2 x 2 (26/4/1967, Torneio Roberto Gomes Pedrosa). O Castor se emocionou mais que todos e, de volta ao hotel, reuniu a turma e falou:

- Moçada, hoje quem paga sou eu! Me acompanhem!

Chegamos à melhor boate da cidade e ele foi logo falando para a dona:

- Por favor, peça para todos os homens que estão aqui se retirarem e feche a casa. Quero diversão da boa para os meus meninos.

E ficamos lá até o sol raiar.”

“O Castor foi o maior mão-aberta que eu conheci. Se um jogador estava precisando de dinheiro emprestado, era só chegar nele. E o engraçado é que ele ficava louco de raiva quando o cara ia pagar:

- Por acaso eu lhe pedi para devolver? – dizia.

Ganhei muito dinheiro do Castor porque um dia descobri que ele dava tanto para quem ia pedir quanto para quem só acompanhava o necessitado. Sabe como é, sempre havia os que tinham medo de chegar no ‘homem’. E eu vivia me oferecendo:

- Alguém aí está a fim de dar uma mordida no Castor?”

“O Bangu tinha um técnico muito velho, que já enxergava pouco. Não vou dizer o nome dele por respeito (Plácido Monsores). Nessa época, chegou ao clube um atacante chamado Araras. E o Parada logo invocou com ele.

No primeiro jogo do novato, o Parada passava no banco e reclamava:

- Esse Araras não joga nada. É muito ruim.

Só que era o Parada que não estava jogando nada. Mas o nosso técnico, mal das vistas, acreditava. O jogo estava difícil, e lá pelas tantas o Parada erra um gol certo. E o velho, cheio de raiva, se levanta do banco:

- Mas esse Araras é mesmo uma m...

Só não o substituiu porque foi avisado a tempo.”

“Em 1967 o Bangu excursionou aos Estados Unidos. Foram 54 dias. No início, tudo era bom, tudo era novidade. Mas, no fim, não dava mais para agüentar a saudade.

Nosso técnico, Martim Francisco, era o que mais sentia saudade da família. E muitas vezes, ali pelas 11 horas da noite, ele procurava um grupo de jogadores para conversar e beber uísque.

Era uma festa. Até que um dia um dos malandros descobriu que isso acontecia quando Martim recebia carta da família. Lia, chorava e ia bater papo regado a uísque.

E o nosso técnico passou a se comover com o interesse da turma, que todos os dias lhe perguntava:

- Como é, chefe, tem recebido notícias da família?”



Histórias de Aladim...

“Sinto saudade daqueles tempos de Bangu. O ‘homem’ era bom demais. Premiava as vitórias com bicho gordo. E às vezes até nos surpreendia, como um dia aconteceu em Porto Alegre.

Nenhum gaúcho acreditava que pudéssemos tirar ponto do Inter. Mas fomos lá e empatamos em 2 x 2 (26/4/1967, Torneio Roberto Gomes Pedrosa). O Castor se emocionou mais que todos e, de volta ao hotel, reuniu a turma e falou:

- Moçada, hoje quem paga sou eu! Me acompanhem!

Chegamos à melhor boate da cidade e ele foi logo falando para a dona:

- Por favor, peça para todos os homens que estão aqui se retirarem e feche a casa. Quero diversão da boa para os meus meninos.

E ficamos lá até o sol raiar.”

“O Castor foi o maior mão-aberta que eu conheci. Se um jogador estava precisando de dinheiro emprestado, era só chegar nele. E o engraçado é que ele ficava louco de raiva quando o cara ia pagar:

- Por acaso eu lhe pedi para devolver? – dizia.

Ganhei muito dinheiro do Castor porque um dia descobri que ele dava tanto para quem ia pedir quanto para quem só acompanhava o necessitado. Sabe como é, sempre havia os que tinham medo de chegar no ‘homem’. E eu vivia me oferecendo:

- Alguém aí está a fim de dar uma mordida no Castor?”

“O Bangu tinha um técnico muito velho, que já enxergava pouco. Não vou dizer o nome dele por respeito (Plácido Monsores). Nessa época, chegou ao clube um atacante chamado Araras. E o Parada logo invocou com ele.

No primeiro jogo do novato, o Parada passava no banco e reclamava:

- Esse Araras não joga nada. É muito ruim.

Só que era o Parada que não estava jogando nada. Mas o nosso técnico, mal das vistas, acreditava. O jogo estava difícil, e lá pelas tantas o Parada erra um gol certo. E o velho, cheio de raiva, se levanta do banco:

- Mas esse Araras é mesmo uma m...

Só não o substituiu porque foi avisado a tempo.”

“Em 1967 o Bangu excursionou aos Estados Unidos. Foram 54 dias. No início, tudo era bom, tudo era novidade. Mas, no fim, não dava mais para agüentar a saudade.

Nosso técnico, Martim Francisco, era o que mais sentia saudade da família. E muitas vezes, ali pelas 11 horas da noite, ele procurava um grupo de jogadores para conversar e beber uísque.

Era uma festa. Até que um dia um dos malandros descobriu que isso acontecia quando Martim recebia carta da família. Lia, chorava e ia bater papo regado a uísque.

E o nosso técnico passou a se comover com o interesse da turma, que todos os dias lhe perguntava:

- Como é, chefe, tem recebido notícias da família?”



Jogos que não podem ser esquecidos, foi em 1964 na final do carioca pelo Bangu, onde perderam a melhor de 3 na primeira partida, e Bira operou o menisco na segunda partida, entrou Aldo e não foi bem e perderam a final por 3 X 1 para o Fluminense de Carlos Alberto Torres.

E em 1967 perderam a final para o Botafogo.


Outra partida inesquecível foi em 1966 contra o flamengo, em que Almir do Flamengo cabeceou e Bira defendeu, mas a bola caiu na lama e Almir deu um bote e entrou de cabeça na lama e na bola, entrando com bola e tudo no gol.


E na final de 1966 depois que o Bangu estava vencendo o flamengo por 3 X 0, houve uma confusão total, onde Ladeira do Bangu deu uma cotovelada em Paulo Henrique do Flamengo, e Almir foi para cima do Ladeira e o zagueiro Paulo Henrique do Flamengo deu uma voadora no Ladeira, e Bira teve que dar uma gravata para segurar Almir.



Aqui vemos o lance da briga da decisão de 1966, em que aparece Almir e Bira chega para tentar acalmar o Almir Pernambuquinho.

Em seguida foram expulsos Ladeira e Almir, porém Almir voltou dando pancada em todo mundo, em consequência disto o árbitro expulsou 4 do Bangu e 5 do Flamengo, e pela regra com 6 jogadores para cada time não pode mais haver jogo, então o árbitro finalizou a partida, e o Bangu foi Campeão Carioca de 1966 em cima do Flamengo dentro de um Maracanã lotado de torcedores do Flamengo, porém não houve a famosa volta olímpica, pois só tinha torcedores rubro-negros e foi isso que Almir queria.


O Atletiba, como sempre, trouxe alguns momentos curiosos: o primeiro foi aquele em que Gainete, goleiro rubro-negro, ao lançar a bola com as mãos para repô-la em jogo, fê-lo bem no peito de Aladim, o habilidoso ponta coxa.
Este, meio assustado com o presente recebido, desferiu um canhotaço tão certeiro que Gainete nem se mexeu. A cena foi tão surpreendente que chegou a ser engraçada. Apesar de ter sido o único gol da partida e, conseqüentemente, o da vitória do Coritiba.
(fonte: site oficial do CA Paranaense)

Extraído do site: http://www.marcelodieguez.com.br/?secao=aladim



HINO NÃO OFICIAL DO BANGU
HOMENAGEM AO CAMPEONATO CARIOCA DE 1966
Por Juarez e Amorim






Recordar é viver!

Em 2004, campeões cariocas de 1966 pelo Bangu se reencontraram e foram homenageados. Em pé estão Ubirajara, Luis Alberto, Fidélis e Jaime; agachados vemos Paulo Borges, Cabralzinho, Ênio (reserva de Ladeira), Ocimar e Aladim











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