sexta-feira, 29 de março de 2013

'Sem Engenhão, Bangu é solução': torcedores pedem a reforma de Moça Bonita para uso na Copa

Torcedores do Bangu pedem a reforma do estádio de Moça Bonita após a interdição do Engenhão

Um grupo de torcedores do Bangu saiu na tarde desta quarta-feira da Zona Oeste do Rio de Janeiro e foi até Volta Redonda ver o time do coração em campo contra o Flamengo. Na bagagem, uma faixa bem especial. Antes de pegar a estrada, uma parada estratégica na Igreja de Santa Cecília, cartão postal do bairro. Máquina fotográfica preparada, pose para foto e abre-se a faixa de 15 metros. Letras garrafais pretas, misturadas ao vermelho e branco e ao escudo do clube protestam: “SEM ENGENHÃO, BANGU É SOLUÇÃO! Moça bonita, REFORMA JÁ!”, diz a mensagem, assinada pelas torcidas organizadas do Bangu.
“Aqui a gente é torcedor mas é militante. É tudo gente politizada, então estamos lutando. gostamos de futebol, somos torcedores, mas não batemos palma para macaco qualquer não” declara Clécio Régis, um dos líderes do movimento que cobra uma promessa feita há dois anos, quando a prefeitura se comprometeu em ajudar na reforma e melhorias de Moça Bonita, estádio do clube homônimo ao bairro.

Faixas foram mostradas durante jogo em Volta Redonda

A interdição do Engenhão e a falta de palcos no Rio de Janeiro para receber partidas de futebol reativaram a militância. Clécio sonha em ver o estádio do bairro onde mora como protagonista no Campeonato Carioca, recebendo os jogos decisivos do torneio e até seleções que vão treinar para a Copa das Confederações e Copa do Mundo. “Vai treinar onde sem o Engenhão? No CFZ? No campo da Marinha? Não tem tradição no futebol, não pode.”
O estádio de Moça Bonita, hoje com 9564 lugares disponíveis, é um dos principais palcos do Carioca. Recebe jogos dos quatro times grande do Rio, além de casa dos jogos do Bangu e do Audax quando mandantes. Apesar disso, sofre com falta de estrutura para jogadores, torcedores e imprensa. O sistema de iluminação é falho, e jogos noturnos foram vetados pela Ferj. O Botafogo, por exemplo, mandará o seu jogo adiado diante do Friburguense lá. Se antes estava marcado para as 19h30, em Bangu terá que ser ás 16h de uma quarta-feira.
“Falam em legado, mas só para a Barra da Tijuca? Bangu também merece. Pouca gente sabe, mas o centro geográfico do Rio de Janeiro é aqui. Desenha-se um retângulo pela área da cidade e Bangu fica bem no centro. Só que no centro aqui não tem entretenimento, lazer e um estádio bom” diz o torcedor e entusiasta do bairro, que fica a 42km do centro oficial da cidade.
Clécio e os banguenses não querem nada demais no charmoso estádio na Praça Guilherme da Silveira. “Bom banheiro, bom acesso, cabine para a imprensa, um bar agradável para fazer um lanche, saída de emergência... Com 1% do que gastaram para o Engenhão a gente consegue fazer uma coisa boa aqui”, pede.
Clécio está animado com a campanha. Diz que a faixa fez sucesso no estádio Raulino de Oliveira, na noite de quarta. Pôs a foto tirada em frente à Igreja no Facebook na tarde de quinta e se orgulha que ela já foi compartilhada mais de 300 vezes.
“Agora que o Bangu perdeu inesperadamente para o Flamengo ficou difícil a situação. Daí vou me dedicar mais a essa luta. A faixa vai estar em todos os jogos do Bangu. Quinze metros de indignação” finaliza.

Fonte: ESPN

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