Atacante de moicano loiro, Hugo elogia Dedé, superado no lance do gol do Bangu, e diz que ainda está buscando seu espaço 'devagarzinho'
Pouco depois de Neymar conduzir o Santos a uma vitória sobre o São Paulo pelo Campeonato Paulista, um outro atacante de moicano loiro roubaria a cena no Rio de Janeiro. Chamado de Neymar de Bangu pelos amigos de São João de Meriti, cidade da Baixada Fluminense, Hugo deixou Dedé para trás e marcou o gol da vitória sobre o Vasco, por 1 a 0, reforçando seu status de revelação da competição até aqui - sua atuação contra o Botafogo já havia sido aplaudida.
- O pessoal fala do Neymar, mas é só a aparência, o cabelo e tal. Nem tem como me comparar com o Neymar, ele está muito acima. Estou buscando meu espaço devagarzinho. O apelido é só pelo cabelo mesmo - apontou o jogador de 24 anos.
O lance de Hugo fez o Vasco perder para o Botafogo a primeira colocação do Grupo A e expôs a segunda atuação seguida de Dedé abaixo da média.
- Ele é um excelente zagueiro, não é à toa que é o Mito. Mas o futebol tem dessas coisas - explicou Hugo, que acha que contou também com a sorte, ao dividir a jogada com o zagueiro e ver seu chute na trave bater nas costas do goleiro Alessandro e entrar.

Hugo coleciona passagens por Artsul, Olaria, América, Americano (pelo qual marcou sobre Bota e Flu em 2012), Vitória da Conquista, Macaé e Ceará (pelo qual disputou parte da Série B da temporada passada). Chegou ao Bangu por indicação, e o técnico Cleimar Rocha gostou.
- Vi alguns jogos na TV. Ele estava no Americano, foi para o Ceará, aí perdi o contato, Mas achei o vídeo que me mostraram muito bom e me interessou. Não tinha tido experiência com ele, mas realmente é um jogador de velocidade. Felizmente tem tido boas atuações e nos ajudado bastante - disse o treinador.
A atuação dele que mais chamou a atenção neste Carioca, no entanto, sucedeu um momento difícil. Diante do Nova Iguaçu, na quarta rodada, Hugo pediu para bater um pênalti aos 42 minutos do segundo tempo, quando o placar apontava 0 a 0. Recebeu a bola de Celsinho, o cobrador oficial, mas chutou para a defesa de Jefferson - e o placar não se alterou mais.
- Podíamos ter saído com a vitória. Mas Deus sabe o que faz. Não saiu o gol naquele momento, mas pude ajudar contra o Vasco. Os companheiros me deram força total. O professor Cleimar também me deu moral. E estou feliz por fazer o primeiro gol com a camisa do Bangu. O futebol é bom por causa dessas coisas, o cara vai do céu ao inferno em questão de segundos.
Nascido na região metropolitana do Rio de Janeiro, Hugo garante que não torce para qualquer um dos grandes da cidade. O algoz do Vasco se esquiva quando questionado.
- Não tenho time, meu time é Bangu. A emoção é boa, porque fiz gol em time grande, como o Vasco, então tinha até cobrança maior. Foi especial porque estava 0 a 0, e poucas pessoas acreditavam na vitória do Bangu - disse.
Com o primeiro gol pelo clube, Hugo trouxe otimismo para o técnico Cleimar Rocha, que acredita que o jogador ainda pode render bons frutos no Campeonato Carioca.
- Alguns levam mais tempo para amadurecer, alguns fazem isso antes. Ele ainda é jovem e tem bastante tempo pela frente para melhorar nos fundamentos.
Fonte: Globo Esporte.
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