sábado, 9 de março de 2013

Condenação de 21 pessoas à pena de morte gera prostestos de torcedores


"Em fevereiro de 2012, 72 pessoas morreram em confronto entre duas torcidas rivais."


Egito  - Torcedores do time de futebol cairota Al Ahly atacaram e incendiaram neste sábado o Clube de Oficiais da Polícia e a sede da Federação Egípcia de Futebol, em protesto contra a sentença emitida neste sábado (9) pelo massacre do estádio de Port Said, informaram à Agência Efe fontes da segurança.

Um tribunal penal egípcio condenou neste sábado à prisão perpétua quatro acusados pelo massacre no estádio e confirmou as penas de morte emitidas em janeiro contra outros 21 acusados. 

A corte, presidida pelo juiz Sobhi Abdelmeguid, ordenou que os condenados sejam enforcados pelos delitos de "assassinato e tentativa de assassinato" em Port Said.
Segundo a televisão estatal, milhares de radicais da torcida, conhecido como "Ultras Ahlawy, invadiram o Clube da Polícia e atearam fogo em algumas dependências. Os bombeiros ainda estão tentando controlar o incêndio, segundo a agência estatal "Mena". Além disso, alguns torcedores invadiram a Federação Egípcia de Futebol, que está localizada próxima à sede do Al Ahly, e, após saqueá-la, também incendiaram o local.

Centenas de torcedores da equipe cairota que se dirigiam através das pontes sobre o Nilo rumo ao centro da cidade, onde ficam a praça Tahrir e o Ministério do Interior, deram meia volta e retornam neste momento à sede do clube.

Em fevereiro de 2012, 72 pessoas, a maioria delas torcedores do Al Ahly, morreram no estádio de Port Said em confronto contra a torcida do time local, Al Masry.
As penas de morte já haviam sido pronunciadas em 26 de janeiro e enviadas ao mufti - máxima autoridade religiosa do Egito - para que ele emitisse sua sentença, embora ainda restasse a confirmação da Justiça.

Além disso, a corte decretou hoje penas de prisão com prazos de um e 15 anos para o restante dos acusados, ao mesmo tempo em que absolveu outras 28 pessoas.
Entre os condenados a 15 anos de prisão estão duas antigas autoridades policiais de Port Said, enquanto outros sete membros da Polícia foram absolvidos.




Fonte: http://www.diariodecanoas.com.br


Para lembrar o que houve

Briga entre torcidas rivais causa 74 mortes em jogo no Egito; Blatter vê "dia negro"



Tragédia em jogo de futebol no Egito resultou em 74 mortes e centenas de feridos

Uma briga entre torcedores de times da cidade de Port Said, no Egito, acabou em tragédia. O confronto entre os fãs dos rivais históricos Al-Masri e Al-Ahli, um dos principais clubes do país, resultou na morte de 74 pessoas, entre elas um policial, até a tarde desta quarta-feira, segundo o governo, via a TV estatal egípcia. São 188 feridos também.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou que esta quarta-feira é um "dia negro" para o futebol. "Estou atordoado e lamento muito saber que, nesta noite, um grande número de torcedores de futebol morreu em uma partida no Egito", comentou.
O prefeito de Port Said, El-Amiry, disse que as mortes foram causadas pelo tumulto e por sufocamentos. Um médico de um necrotério da cidade disse que alguns dos mortos eram agentes de segurança. O vice-ministro da Saúde, Hesham Sheiha, já decretou: "É o maior desastre da história do futebol do Egito".
As declarações sobre o evento impressionam. O jogador egípcio Mohamed Abou-Treika relatou as cenas fortes e criticou as autoridades locais.
"As forças de segurança não nos protegeram. Um fã acaba de morrer no vestiário diante de mim. É culpa nossa, porque jogamos esse jogo. As autoridades estão com medo de cancelar o campeonato porque só se preocupam com dinheiro, não importa a vida das pessoas", disse.
O confronto começou quando um torcedor levantou uma faixa insultando os rivais no segundo tempo. Após o apito final quando os torcedores do Al Masry, que venceu o jogo por 3 a 1, invadiram o campo para agredir os jogadores e a comissão técnica do Al Ahly. Os vândalos começaram a jogar pedras, fogos de artifício e garrafas sobre os rivais.

FEDERAÇÃO SUSPENDE CAMPEONATO EGÍPCIO

A Federação Egípcia de Futebol decidiu suspender o campeonato nacional por tempo indeterminado após as mortes ocorridas na partida entre Al-Masri e Al-Ahli, nesta quarta-feira. O presidente da entidade, Samir Zaher, anunciou o cancelamento e pediu “uma investigação urgente dos acontecimentos por um comitê de investigação para mostrar a verdade ao público”.
Muitos dos presentes apontaram completa falta de segurança e ausência de policiais no local. Outras testemunhas disseram que os policiais permitiram a entrada de torcedores do Marsy no espaço reservado aos fãs do Ahly nas arquibancadas.
O chefe do Conselho Supremo de decisão das Forças Armadas, Hussein Tantawi, enviou dois aviões militares para transferir os feridos junto com o pessoal técnico da equipe Ahly para Cairo. A televisão estatal do Egito anunciou que os parlamentares irão se reunir em regime de urgência para tratar da violência em Port Said
Outra confusão aconteceu em em um estádio de futebol em Cairo. Os torcedores atearam fogo dentro do estádio do Cairo durante o duelo entre Zamalek e Ismaili. O jogo foi suspenso a pedido das equipes.

Fonte: http://esporte.uol.com.br






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