Esse espaço é dedicado a relatos do dia a dia do Banguense, primeiro contato com o Clube, histórias engraçadas, tristes também quem sabe, para que possamos nos unir ainda mais num bem comum que é de amar Bangu.
Peço a licença para dar inicio contando a minha história...
Meus amigos mais próximos sempre souberam da minha repulsa quando o assunto era o futebol, não pelo esporte em sí, pois todos eles são válidos no resgate do cidadão como "argamassa" no processo de desenvolvimento social, e sim pela cegueira que causava em muitos como uma espécie de torpor para os males causados pela inercia do governo e pelo histórico de passividade do povo brasileiro a aquilo que lhe faz mal, mas ele não sabe como combater ou mesmo se acomodou ao resto social, mas enfim, em mim sempre se fez forte a questão de resgate cultural, e isso aflorou mais quando iniciei a minha faculdade de historia e fez retornar com mais afinco a luta pelo bem estar do lugar onde finquei minha raíz, com isso voltar a lutar por Bangu, tendo em vista tantas decepções que são agregadoras na vida quando isso nos traz um certo aprendizado para que os mesmos não se repitam, um dos motivos que me fez olhar com o mesmo carinho da minha adolescência para Bangu foi com o projeto do Movimento Pró-Casa do Silveirinha, foi em ver nas ruas a sede da população em ser ter algo de útil para todos, e assim surgiu o Bangu na minha vida como time, meu avô (já falecido) era banguense, meu pai veio no embalo e eu só resolvi carregar essa dadiva na primeira vez que ví o Bangu jogar no ano de 2012 pela Copa Rio, fui como membro do projeto da Casa do Silveirinha pra recolher assinaturas para o abaixo assinado, aliás foi em Bangu também meu primeiro contato com um estádio em dias de jogo, quando pisei dentro do Moça Bonita e ví a humilde torcida e a garra em jogo dos "Mulatinhos Rosados" não teve jeito, foi amor a primeira vista, foi um misto de paixão com razão indescritível, e pude separar o fato de que se pode torcer e viver seu clube e ainda sim lutar socialmente, e Bangu tem isso, como nunca ví em clube do Rio nenhum, temos nossos problemas assim como tantos outros pela ânsia do poder "custe o que custar" ou a quem custar, e acabar com pelo menos minimizar isso me mantem de pé a cada dia, a cada jogo o encontro com os amigos que fiz nessa estrada, o brilho nos olhos de cada um ao sair um gol, a amizade feita com os jogadores e o carinho no momento de agradecimento pela presença da torcida de maneira tão humilde, torcida essa que é pequena porém fiel e isso é o que mais importa, hoje não me vejo sem ser banguense, contar os dias e as horas para o próximo jogo, e ver a luta das categorias de base na busca pela formação de nossa nova geração que vai ter o orgulho de carregar o nosso manto, ser banguense é ser autentico, é amar a sua raiz e isso dinheiro nenhum no mundo compra... lutar por esse resgate hoje pra mim e tantos outros virou nossa "cachaça", nossa fonte de inspiração, poderia falar do Bangu até Deus sabe quanto, mas ninguém aguentaria, rss!
É isso... Somos Bangu, eternamente Bangu!!!
P.s: Assim como eu fiz, mandem suas histórias para nós, para que o mundo veja e entenda o sentido da palava amor, família tendo nossa história devidamente valorizada com toda sua pompa e glória!!!
Fabíola Mello
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